sexta-feira, 1 de abril de 2011

Testemunhos mostram que JPII continua no coração das pessoas

João Paulo II era ''um homem que gostava de ser padre'', define monsenhor Slawomir Oder, postulador da causa de canonização
"Um homem que gostava de ser padre, (...) um homem que permaneceu fiel a sua história pessoal e as suas raízes e foi capaz de ser o Papa de todos”. Assim é descrito João Paulo II pelo monsenhor Slawomir Oder, postulador da causa de canonização de Karol Wojtyla.

Monsenhor Slawomir conta que muitos, por todo o mundo, manifestaram alegria e comoção pela notícia desejada e esperada. Alegria daqueles que puderam conhecer e amar Karol Wojtyla em seus 27 anos de pontificado.
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.: Editoria especial sobre beatificação de João Paulo II

"O processo se desenvolveu segundo as indicações do Papa Bento XVI, o qual adotou uma linha muito clara para levar adiante este processo. Ele disse: 'façam logo, mas façam bem, de modo muito minucioso'. Nós sempre seguimos essas indicações", destaca o postulador.

No decorrer deste processo de beatificação, conta Monsenhor Slawomir, houve duas indagações: a primeira era aquela oficial que entra justamente no contexto do processo canônico, que se concluiu com o decreto que reconheceu as virtudes heróicas e, depois, ao reconhecimento do milagre. “Mas houve, podemos dizer, também um processo paralelo, desenvolvido de modo extraoficial, por parte das pessoas que espontaneamente davam o próprio testemunho escrevendo ao escritório de postulação, dando a contribuição deles”.

O postulador explica que todos esses testemunhos não entram no processo canônico exigido pela Lei, porém essas pessoas deram uma grande contribuição mostrando que João Paulo II permanece efetivamente vivo nos corações.

A oração dos fiéis acompanhou o processo de beatificação de João Paulo II, um percurso rápido, mas minucioso e atento. Milhares de documentos foram avaliados para traçar o retrato de Karol Wojtyla, um mosaico de virtude, fé, esperança e caridade.

Difícil reduzir as características de uma figura tão rica, que no próximo 1º de maio se apresentará ao mundo como beato. O Pontífice das viagens, dos diálogos entre as religiões, da oração e da humildade iluminará ainda mais uma vez o povo de Deus e abrirá o coração das pessoas à esperança.

“Era fundamentalmente um homem de Deus, um homem de fé que viveu um relacionamento com Cristo de modo muito profundo e autêntico. Cristo foi tudo para ele. Justamente porque foi toda a sua vida, sob o exemplo de São Paulo, não podia andar sem testemunhar esta plenitude que ele encontrou em Cristo”.

Para o postulador, João Paulo II foi um homem de fé, um anunciador e um missionário, alguém que levou o entusiasmo evangélico a todo o mundo ao longo de suas numerosas viagens apostólicas.

Um grande protagonista do século XX que mudou o curso da história, um maratonista da fé que viveu com radicalidade a mensagem evangélica também sobre provas de sofrimento e de enfermidade: Karol Wojtyla deixou um sinal profundo na vida de muitos e também na vida de monsenhor Slawomir.

“Mudou a vida de tantas pessoas dando o testemunho de uma vida vivida em profundidade, na plenitude, também nos momentos no qual talvez a mentalidade do mundo condena uma pessoa a marginalizar-se, sem considerar mais o valor daquilo que é a doença, o sofrimento e também a velhice”.

Pessoalmente, o monsenhor diz que seu encontro com a figura de João Paulo II seguramente foi vivido numa perspectiva muito privilegiada. “Para mim foi uma nova descoberta no sentido da vocação sacerdotal. É impressionante ver o mundo que respondeu ao chamado de Cristo, o entusiasmo do relacionamento com Cristo, a fé profunda no Senhor”, afirma.

Para ele, João Paulo II viveu na plenitude a sua vida sacerdotal, sendo um apaixonado por Cristo. "O encontro com João Paulo II foi uma ocasião para rever a minha pessoal aventura no chamado sacerdotal e para renovar a alegria e o entusiasmo de ser chamado por Cristo a ser um sacerdote seu”, conclui.


Assista à entrevista com monsenhor Slawomir Oder

 

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