quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Coletiva traz questões preocupantes sobre a família


Canção Nova Notícias, SP


“A família não é uma questão católica e sim humana”. A afirmação foi feita pelo presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 6, em São Paulo, sobre o Sínodo dos Bispos no ano que vem.



Na coletiva, Dom Vincenzo falou sobre temas polêmicos como a união de homossexuais, crianças adotadas por essas pessoas e a situação dos casais em segunda união.

O representante vaticano disse ainda que o Sínodo tratará de todos os assuntos pertinentes à família, mas enfatizou que existem causas menos polêmicas, porém, mais sérias e preocupantes.

"Eu estou mais preocupado com os idosos abandonados, com as crianças não criadas e educadas, com os problemas que nascem das famílias com um só filho, pois estes filhos, quando nós dizemos irmão, irmã, já não compreendem. Não faz sentido. Estes são problemas importantes a serem tratados", afirmou.

Na última terça-feira, 5, o Vaticano divulgou um documento preparatório para o Sínodos dos Bispos, com um questionário com 38 perguntas a ser entregue aos agentes pastorais. A Igreja quer entender as famílias com base nesses questionamentos.

"A Igreja justamente quer ouvir a situação, a realidade das famílias. E a Igreja muda permanecendo a mesma. Muitas vezes muda para ser mais ela mesma. Então, as mudanças, muitas vezes, são necessárias para que a Igreja realmente vá ao essencial da sua missão, até mesmo da sua fé e convicções. Por isso, as reflexões do Sínodo são muito importantes para que também sobre a realidade da família se possa ter uma percepção mais objetiva, realista, sobre a situação das famílias e também da missão que a igreja tem em relação às famílias", explicou o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, também presente na coletiva.

Dom Vincenzo reforçou o peso da família para a Igreja e para a sociedade. Ele acrescentou que uma das maiores preocupações do Papa Francisco é com as famílias com doentes, as que vivem na miséria e as que passam por diversas dificuldades.

O arcebispo italiano destacou ainda que a família é a base da sociedade e que, se ela está em crise, a sociedade também está.

Segundo ele, o objetivo, como pediu o Sumo Pontífice, é ir ao encontro das famílias marginalizadas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário