quarta-feira, 13 de abril de 2011

Comunhão será marca do trabalho das três novas Arquidioceses

Novos arcebispos gaúchos (em sentido horário): Dom Hélio Rubert, Dom Pedro Simon e Dom Jacinto Bergman
O trabalho pastoral das três novas Arquidioceses brasileiras deve carregar a marca da comunhão. É isso que esperam os Arcebispos das novas Províncias Eclesiásticas eregidas nesta quarta-feira, 13, pelo Papa Bento XVI. Todas elas ficam localizadas no Estado do Rio Grande do Sul, que até então contava apenas com uma Província Eclesiástica, a Arquidiocese de Porto Alegre, à qual estavam vinculadas todas as 18 dioceses gaúchas.

A criação das Arquidioceses de Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo acontece no marco de datas históricas importantes: as duas primeiras completaram 100 anos em 2010, enquanto a terceira comemora 60 anos de criação.

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 - Província Eclesiástica de Passo Fundo

Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Passo Fundo. As dioceses sufragâneas são Vacaria, Frederico Westphalen e Erexim. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Pedro Ercílio Simon, até então Bispo de Passo Fundo.


A dinâmica pastoral não deve sofrer grandes transformações, uma vez que já era feito um trabalho conjunto através de estruturas Interdiocesanas. "Na prática, pouco muda. Caprichamos no que fazemos em comum e, agora, o Arcebispo terá a responsabilidade de coordenação dos trabalhos em conjunto. Recebi a notícia não como novidade, porque foi um trabalho lento e progressivo que, no nosso caso, já estava em vias de debate desde 1982. Agora, com menos dioceses vinculadas às respectivas Arquidioceses, pode-se fazer um trabalho mais aprofundado", avalia o Arcebispo Dom Pedro Ercílio Simon.

O Arcebispo também acredita que a ereção a Província é o "reconhecimento da maturidade eclesial desta região norte do Estado do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, desafio para levar adiante o trabalho que já é realizado pelo interdiocesano, como a formação sacerdotal, da pastoral com os índios da região e outros aspectos. Essa ereção da Província é como que a oficialização de algo que já existia na prática".


 - Província Eclesiástica de Pelotas

Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Pelotas. As dioceses sufragâneas são Bagé e Rio Grande. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Jacinto Bergmann, até então Bispo de Pelotas.
A criação da Arquidiocese na esteira das comemorações do centenário é um sinal claro de maturidade eclesial. "Agora, estamos começando uma nova história. É não só uma valorização, mas comprovação positiva de nossa caminhada eclesial conjunta, que também já fazíamos a partir do Interdiocesano. É também fortalecimento dessa caminhada, atavés do apoio jurídico e pastoral do Vaticano, bem com responsabilidade maior com o povo de Deus católico dessa região. Só podemos ficar muito felizes. Quero registrar nossa gratidão ao Papa por essa demonstração de apreço", expressa o Arcebispo Dom Jacinto.

Nessa nova história, o Arcebispo acredita que é preciso dar passos importantes na linha de somar forças. "Eu sempre digo: fazer muito é bom, fazer muito bem é melhor, mas fazer juntos é divino. É preciso que somemos forças para melhor atendermos as demandas profundas de nosso povo, e a maior demanda é Deus. Temso que estar a serviço deste povo que quer Deus, para que Ele chegue ao coração das pessoas".


 - Província Eclesiástica de Santa Maria

Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Santa Maria. As dioceses sufragâneas são Uruguaiana, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Hélio Adelar Rubert, até então Bispo de Santa Maria.
"Recebemos a notícia com imensa alegria, também com humildade, louvor e gratidão a Deus. Era algo que já se esperava há bastante tempo e agora, finalmente, recebemos essa notícia", afirma Dom Hélio.

O trabalho pastoral na região também contava com a ação interdiocesana. "Logo, não é uma grande novidade pastoral, já que caminhamos juntos há mais tempo. A Arquidiocese vem oficializar a caminhada que já fazemos. A organização pastoral continua com sua dinâmica, mas agora, é claro, sentimos uma responsabilidade maior. Percebo que todos os bispos estão muito contentes com essa novidade".
As dioceses continuam com sua independência em seu governo. A criação da Arquidiocese também funciona como supletivo em certos casos, "mas o que mais importa é a comunhão maior entre os bispos desta província, enfrentando juntos desafios da evangelização no mundo de hoje. É oportunidade de crescer entre nós na comunhão episcopal. Agora, vamos nos conscientizando e assumindo com maior grandeza de coração essa realidade nova que Deus nos apresenta", finaliza Dom Hélio

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