segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Voz do PASTOR

Imaculada Conceição e Jubileu da Misericórdia

Queridos irmãos e irmãs!
No próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, além de nossa alegria e satisfação por tantas paróquias estarem em festa por terem Nossa Senhora da Conceição como padroeira, viveremos um dia especial para toda a Igreja Católica. Trata-se da abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, quando o Santo Padre, o Papa Francisco, dará início ao Ano Santo Extraordinário, o Jubileu da Misericórdia, que se estenderá até o dia 20 de novembro de 2016. Como todos sabem, a Porta Santa da Catedral será aberta no dia 13 de dezembro, conforme determinação do próprio Papa Francisco, na Bula “Misericordiaevultus”, de 11 de abril deste ano.
O Papa Francisco assim justificou a escolha do dia 8 de dezembro: “Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança” (FRANCISCO. Bula de convocação do Ano Santo da Misericórdia Misericordiaevultus, n. 3). A Solenidade da Imaculada Conceição alcança assim seu sentido mais pleno, pois ela significa justamente isso. Assim, teremos uma oportunidade de reafirmar nossa fé na ação misericordiosa de Deus que, ao escolher a jovem virgem Maria de Nazaré para ser a mãe de seu Filho, torna mais manifesto o seu amor pelo ser humano. O Jubileu da Misericórdia será um momento de graça e de conversão, para que nunca esqueçamos: se Deus é da parte do ser humano, nós não podemos agir diferente. Nossa Senhora é prova de que Deus tudo faz por causa do seu grande amor, por causa de sua infinita misericórdia (cf. Ef, 2,4).
A escolha do dia 8 tem mais outro motivo: o Concílio Vaticano II. E o Papa afirma: “Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja. Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento. Começava, então, para ela, um percurso novo da sua história. Os Padres, reunidos no Concílio, tinham sentido forte, como um verdadeiro sopro do Espírito, a exigência de falar de Deus aos homens do seu tempo de modo mais compreensível. Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de maneira nova. Uma nova etapa na evangelização de sempre.” (FRANCISCO. Idem, n. 4).
Que esses acontecimentos deem a todos nós a inspiração para celebramos o Jubileu da Misericórdia.

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