sexta-feira, 10 de outubro de 2014

"Edith Stein é um duplo paradigma", afirma o Bispo Emérito de Passo Fundo

Dom Urbano Allgayer, Bispo Emérito da Arquidiocese de Passo Fundo, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu um artigo sobre Edith Stein, uma santa judia. Segundo o Prelado, Edith nasceu na Alemanha, em Breslau, no ano de 1891, tornando-se mais tarde uma famosa professora de Filosofia numa universidade alemã.dom_urbano_allgayer_gaudium_press.JPG

O Bispo afirma que a mãe de Edith procurou educá-la na religião judaica, mas ela declarou-se ateia, sem crer em Deus. Mas, num certo dia cai em suas mãos a autobiografia de Santa Teresa de Ávila.
Conforme Dom Allgayer, Edith leu o livro e concluiu: "Aqui está a plena verdade". Em seguida, o Prelado recorda, que ela leu o catecismo católico e entrou pela primeira vez numa igreja para participar da missa, acontecendo o milagre da conversão súbita e radical.

Depois disso, Edith recebeu o batismo e, aos 42 anos, disse à mãe que entraria para a vida religiosa, na Ordem das Carmelitas Descalças. De acordo com o Bispo, no Convento de Colônia, em 1933, ela passou a se chamar Teresa Benedita da Cruz e, buscando, no recolhimento interior, a fonte de seu dinamismo. Edith, declarou: "Quanto mais profundamente alguém é atraído para Deus, tanto mais intensamente deve sair de si para irradiar no mundo a vida divina".

"Para escapar à perseguição nazista, foi transferida para o Carmelo na Holanda, em 1940. Mas quando esta nação foi ocupada pelos nazistas de Hitler, o Carmelo foi invadido e Irmã Teresa, e sua Irmã Rose, também carmelita, foram levadas para o campo de extermínio de Auschwitz, Polônia, onde as duas morreram na câmara a gás, juntamente com 998 judeus", explica o Prelado.

Dom Allgayer destaca que Edith foi beatificada em 1987 e canonizada em 1998 pelo Papa São João Paulo II, com o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz. Ela sempre afirmava: "Não há cristianismo verdadeiro, genuíno, sem participar, no mistério da Cruz. Os santos compreenderam esta realidade e a Cruz os elevou até os cumes do amor de Deus: dar a vida. Quanto mais profundamente alguém é atraído para Deus, tanto mais intensamente deve sair de si para irradiar no mundo a vida divina".

Para concluir, o Bispo salienta que para judeus e cristãos Edith Stein é um duplo paradigma: como filósofa judia, honrou pela vida e o martírio o holocausto do povo eleito, na câmara de gás, e como cristã carmelita, morreu com sua irmã Rose e milhões de descendentes de Abraão, vítimas do nazismo, uma das piores ideologias ateias e sanguinárias do século 20. (FB)


Conteúdo publicado em gaudiumpress.org,

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