sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Papa Francisco revigora a Igreja nos primeiros meses de seu pontificado

O ano de 2013 vai ficar marcado por importantes mudanças de rumo na Igreja Católica com a surpreendente renúncia doPapa Bento XVI e a escolha, em março, do primeiro Papa latino-americano, o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio. Ao longo do primeiro ano de papado, Francisco promoveu profundas transformações dentro e fora dos muros do Vaticano. Em poucos meses, o Papa Francisco tirou a Igreja da agenda negativa em que vivia: disputa de poder na Cúria Romana, suspeitas de fraude no Banco do Vaticano, vazamento de documentos secretos, escândalos de pedofilia. Com seu estilo simples e pastoral, o novo Papa conquistou as massas, aumentou a frequência nas Igrejas e deu novo vigor aos fiéis.
As pessoas estão indo a Roma para tocar no Papa Francisco"
Dom Raymundo Damesceno
É uma revolução que estava esperando a Igreja e o mundo durante muitos séculos"
Juan Arias, vaticanista do 'El País'
“As pessoas, no tempo do Papa João Paulo II, iam a Roma para ver o Papa. No tempo do Papa Bento XVI, as pessoas iam para escutar o Papa Bento XVI, e agora as pessoas estão indo a Roma para tocar no Papa Francisco”, afirma o cardeal Dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB.
“Conheci sete papas. É a primeira vez, em muitos séculos, que estamos em frente a uma grande revolução, a maior revolução da história. Esta volta deste papa, em gestos, na sua vida, no seu modo de entender a nova teologia, voltar uns mil anos atrás, essa é uma revolução que estava esperando a Igreja e o mundo durante muitos séculos”, opina Juan Arias, vaticanista do jornal espanhol 'El País'.
A primeira grande aparição internacional do novo papa foi no Rio de Janeiro, em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude. Os olhos do mundo estavam em cada gesto e reação de Francisco. Foi durante a visita ao Brasil que oPapa concedeu a primeira entrevista exclusiva, que foi ao ar na GloboNews. Na conversa com Gerson Camarotti, ele antecipou as principais diretrizes do pontificado: condenou o luxo e pregou uma Igreja mais simples e acolhedora. "Para mim, é fundamental a proximidade da Igreja, porque a Igreja é mãe. E nem você nem eu conhecemos uma mãe por correspondência. A mãe dá carinho, toca, beija, ama”, declarou o Papa Francisco. O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, reforça as palavras do Papa Francisco: “Sentimos que temos que arregaçar mais as mangas, servir mais, sermos mais livres, mais presentes. Isso é um caminho que começa a se abrir diante de nós”.

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